sábado, 26 de junho de 2010

Células artificiais

Cientistas do mundo estão debatendo a fabricação da primeira célula artificial anunciada pelos americanos. A novidade sacudiu o meio científico internacional e também levantou preocupações com questões éticas. Eles já estavam tentando criar essa célula há 15 anos, enfim conseguiram com o custo de US$ 40 milhões.
        O genoma é formado por sequências de DNA e cada pedacinho de DNA é formado por pares de moléculas conhecidas como a, t, g, c. A combinação dessas letras determina as diferentes características de cada organismo. Os cientistas passaram toda a sequência de DNA do genoma de uma bactéria para um computador, mais de um milhão de pares de DNA. Depois, retiraram alguns pares de moléculas, alteraram o ordenamento deles e criaram sequências de DNA que tinham a função de identificar o genoma que estavam inventando. Eram como um sinal de nascença para diferenciá-lo de um genoma criado pela natureza. Vamos imaginar que o genoma é o texto de uma página. É como se os cientistas primeiro, tivessem conseguido ler o texto. Depois, modificá-lo, tirando algumas palavras, para, depois então, pegar uma folha em branco e reescrever o texto com a própria mão. Seguindo esse plano, os cientistas montaram sequências curtas de DNA, usando as quatro criando algo novo, a partir de informações já existentes. letras: os pares de moléculas produzidos em laboratório, ou seja, sintéticos. Só que o genoma completo tem mais de um milhão e oitenta mil pares de moléculas e o máximo que se conseguia em laboratório correspondia a um pouco mais de mil pares em sequência. 
Os cientistas usaram organismos vivos básicos, como uma bactéria e leveduras, para colar essas sequências menores até formar um genoma inteiro, um bastão enorme de DNA, um código genético sintético. Aí, eles transplantaram esse genoma completo para uma célula sem genoma. E foi esta a grande conquista: o código genético sintético passou a controlar a célula, que adquiriu as características definidas pelo novo genoma e que manteve aquela marca de nascença criada pelos cientistas, a prova de que estava criada uma célula sintética. E o mais impressionante: ela se reproduzia sozinha. Até hoje, os cientistas tinham conseguido criar sinteticamente apenas vírus, que tem genomas muito mais simples do que uma célula e não se reproduzem sozinhos.
        O chefe do grupo que realizou a pesquisa, Greg Venter, afirmou que a partir dessa descoberta, vacinas como a da gripe poderão ser feitas em horas. Hoje elas demoram meses para ser produzidas. O bioquímico britânico Andrew Simpson foi o coordenador do Projeto Genoma no Brasil. Ele explicou detalhes da pesquisa. “Eles começaram com químicos que se pode comprar em uma loja, basicamente, e usaram várias manipulações complexas, até usando outros organismos como parte do processo, mas basicamente uma coisa totalmente não natural. Para mim é uma vida, uma forma de vida artificial”.
        No mundo todo, muitos cientistas concordaram que a descoberta é um marco histórico. Mas alguns especialistas discordam. Ao jornal ‘The New York Times’, o geneticista David Baltimore reconheceu avanços da pesquisa, mas argumentou que Greg Venter superestimou o resultado da pesquisa e afirmou que a vida não foi criada, apenas copiada.
O diretor de bioética do Vaticano, Rino Fisichella, foi cuidadoso. Disse que é preciso ver como a descoberta será implementada no futuro. A diretora do Instituto Internacional de Bioética, Jennifer Miller, alertou que a preocupação é que a célula sintética possa se transformar numa arma biológica. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, determinou à Comissão de Bioética do Governo uma investigação sobre a pesquisa. A Câmara dos Deputados marcou uma audiência pública para a semana que vem.
        Relação com o meio ambiente:
"Isto se torna um instrumento poderoso para que possamos tentar determinar o que queremos que a biologia faça. Temos uma ampla gama de aplicações (em mente)", disse.
         Os pesquisadores planejam, por exemplo, criar algas que absorvam dióxido de carbono e criem novos hidrocarbonetos. Eles também estão procurando formas de acelerar a fabricação de vacinas. Outros possíveis usos da técnica seriam a criação de novas substâncias químicas, ingredientes para alimentos e métodos para limpeza de água, segundo Venter.


Vazamento de óleo no México

Um dos maiores desastres ecológicos dos últimos tempos é o resultado do derramamento de petróleo no México. O acidente ocorreu num poço responsabilizado pela companhia britânica, que administrava a plataforma que afundou no Golfo do México. O vazamento joga ao mar, segundo a empresa, 800.000 litros de petróleo por dia, mas alguns especialistas acreditam que o poço aberto em alto-mar está derramando a cada dia 4 milhões de litros, e não 800 mil como anunciou o governo dos Estados Unidos. O Departamento do Interior calcula que podem ser necessários 90 dias para vedar o poço petrolífero. Caso a previsão ocorresse, ficariam flutuando no mar 360 milhões de litros de petróleo. Imagine um vazamento a 1500 m de profundidade com tamanha pressão que impossibilita o acesso ao local. 
        O vazamento pode afetar a pesca, a preservação ambiental e o turismo na Louisiana, no Mississippi, no Alabama e na Flórida. A costa da Louisiana é um santuário de fauna, particularmente de aves marinhas, e a da Flórida abriga uma enorme indústria pesqueira e turística. Segundo especialistas, é possível comparar o atual incidente com o histórico vazamento de 1969, ocorrido em Santa Bárbara, na Califórnia, e também com o naufrágio do petroleiro Exxon Valdez em 1989, no Alasca. Não tem CO2, nem aquecimento global que superem um desastre como este, imagine quantos animais e plantas perderão a vida em meio a este óleo. A natureza levará muito tempo para se recuperar desse desastre. Mas daqui a alguns meses ninguém mais falará nisso, pois estarão todos novamente a tentar conter as emissões de CO2.
        A companhia petrolífera British Petroleum (BP) informou que o custo para conter o vazamento de petróleo no Golfo do México chega a 523 milhões de libras (US$ 760 milhões). Em uma nota, a empresa britânica indicou que o custo foi de 135 milhões de libras (US$ 93 milhões), mas precisou que é ainda prematuro calcular qual será a despesa final das operações após o acidente ocorrido de 20 de abril com a plataforma da BP. A companhia petrolífera concedeu ajuda aos estados afetados: Flórida, Alabama, Louisiana e Mississipi, mas o vazamento de petróleo no golfo ainda continua, a um ritmo de 5 mil barris diários. Na explosão, 11 pessoas morreram.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

     Um dos maiores desastres ecológicos dos últimos tempos está sendo proporcionado pela companhia de petróleo britânica, que administrava a plataforma que afundou no Golfo do México, o vazamento joga ao mar, segundo a empresa 800.000 litros de petróleo por dia, mas alguns especialistas acreditam que o poço aberto em alto-mar está derramando a cada dia 4 milhões de litros, e não 800 mil como anunciou o governo dos Estados Unidos.
      O Departamento do Interior calcula que podem ser necessários 90 dias para vedar o poço petrolífero. Caso a previsão seja cumprida, ficariam flutuando no mar 360 milhões de litros de petróleo.
Imagine um vazamento a 1500m de profundidade com tamanha pressão que impossibilita o acesso ao local. É, o capitalismo não mede esforços para obter lucros.
     O vazamento pode afetar a pesca, a preservação ambiental e o turismo na Louisiana, no Mississippi, no Alabama e na Flórida. A costa da Louisiana é um santuário de fauna, particularmente de aves marinhas, e a da Flórida abriga uma enorme indústria pesqueira e turística. Segundo especialistas, o atual incidente pode rivalizar com o histórico vazamento de 1969 ocorrido em Santa Barbara, na Califórnia, e com o naufágio do petroleiro Exxon Valdez em 1989, no Alasca.
      Não tem CO2, nem aquecimento global que superem um desastre como este, imagine quantos animais e plantas perderão a vida em meio a este óleo.
A natureza levará muito tempo para se recuperar desse desastre. Mas daqui a alguns meses ninguém mais falará nisso, pois estarão todos novamente a tentar conter as emissões de CO2.
  Valores
      A companhia petrolífera British Petroleum (BP) informou nesta segunda-feira, 24, que o custo para conter o vazamento de petróleo no Golfo do México chega a 523 milhões de libras (US$ 760 milhões).
     Em uma nota, a empresa britânica indicou que só na última semana o custo foi de 135 milhões de libras (US$ 93 milhões), mas precisou que é ainda prematuro calcular qual será a despesa final das operações após o acidente ocorrido de 20 de abril com a plataforma da BP.
     A companhia petrolífera concedeu ajudas aos estados dos afetados: Flórida, Alabama, Louisiana e Mississipi, mas o vazamento de petróleo no golfo ainda continua, a um ritmo de 5 mil barris diários. Na explosão, 11 pessoas morreram.